Depois de dividendos de 200 milhões de euros este ano, devido aos resultados de 2018, a Caixa Geral de Depósitos prepara-se para poder pagar dividendos de pelo menos 250 milhões de euros
“É plausível”. Foi esta a expressão usada por Paulo Macedo, em Outubro de 2018, em relação à possibilidade de vir a pagar, por conta dos resultados desse ano, dividendos de 200 milhões de euros em dividendos ao Estado. E concretizou-se: foi esse o valor que efetivamente veio a distribuir.
Questionado na conferência de imprensa de apresentação de resultados dos primeiros nove meses, Paulo Macedo utilizou, em 2019, o mesmo adjetivo que usou em 2018 para falar da possibilidade de dar uma remuneração acionista de 250 milhões em 2020, com base nas contas deste ano. "É plausível".
A CGD registou, nos primeiros nove meses do ano, lucros de 641 milhões de euros, o que representa um crescimento de 74% em relação ao mesmo período de 2018, um montante que se deveu sobretudo à venda das operações em Espanha e África do Sul.
O presidente executivo da Caixa considerou, no entanto, que o assunto sobre a remuneração acionista é ainda “prematuro”, e elencou os vários passos que ainda é preciso dar, como a não oposição do Banco Central Europeu (BCE) e da Comissão Europeia.
Este montante será sempre uma ajuda para Mário Centeno, que está nesta altura a elaborar o Orçamento do Estado para o próximo ano.
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