Economia

EDP quer minimizar impactos negativos do fecho da central de Sines

António Mexia é CEO da EDP desde 2006
António Mexia é CEO da EDP desde 2006
António Pedro Ferreira

Presidente executivo da EDP, António Mexia, garante estar preocupado com o futuro dos trabalhadores da termoelétrica que o Governo quer fechar até 2023

EDP quer minimizar impactos negativos do fecho da central de Sines

Miguel Prado

Editor de Economia

"O nosso objetivo é minimizar o impacto desta transição". A frase é de António Mexia, presidente executivo da EDP, que afirmou esta terça-feira estar preocupado com o futuro dos trabalhadores da central a carvão de Sines. A central, a maior do país, dá emprego a cerca de 400 pessoas, e o Governo quer encerrá-la em 2023, ainda antes do prazo de 2025 a 2030 que chegou a estar previsto.

Em declarações aos jornalistas na Web Summit, António Mexia evitou entrar em detalhes sobre o futuro da central e dos seus trabalhadores. E também não quis comentar a promessa do Governo de que Sines deixará de funcionar em 2023. "Estamos absolutamente tranquilos com a transição energética. Há um phase-in das renováveis mais acelerado do que era esperado e um phase-out do carvão também mais acelerado. A central de Sines terá a vida que terá", declarou António Mexia.

"Estamos preocupados com essas pessoas, mas também com todas as outras [do grupo EDP]", comentou ainda o gestor da EDP.

Venda de barragens concluída no próximo ano

Na sua passagem pela Web Summit, António Mexia também garantiu que o processo de venda de um conjunto de barragens no Douro estará concluído no próximo ano. Mas a empresa espera ter "visibilidade" sobre esse negócio ainda este ano. O que se traduz na divulgação, no próximo mês e meio, de qual o investidor a quem a EDP venderá as barragens.

Mexia realçou que será "positivo" que Portugal tenha novos operadores na produção de eletricidade e defendeu que "a rotação de ativos faz parte do negócio". O gestor defendeu que a empresa não está refém deste processo de venda de barragens. "Não há planeta B, mas há planos B", afirmou António Mexia.

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