Santander fechou mais de 100 agências num ano e vai tornar a sede num museu
A sede do Santander na Rua do Ouro, em Lisboa, vai abrir como museu em dezembro. Já a rede emagreceu, bem como o quadro de pessoal, de onde saíram 355 profissionais
A sede do Santander na Rua do Ouro, em Lisboa, vai abrir como museu em dezembro. Já a rede emagreceu, bem como o quadro de pessoal, de onde saíram 355 profissionais
Jornalista
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O Santander encerrou, no espaço de um ano, mais de 100 agências em Portugal. A acompanhar estiveram as saídas de pessoal, que se fixaram em 355 profissionais.
Em setembro deste ano, o Santander tinha um total de 539 agências e centros para o segmento de empresas no país, de acordo com os números divulgados esta quinta-feira, 31 de Outubro. O que significa que houve um encerramento de 118 balcões face aos 657 que existiam em setembro de 2018.
O banco encontra-se a emagrecer a sua rede, depois do crescimento inorgânico que esta tinha registado com as integrações do Banif e do Banco Popular Portugal. Esta última operação tinha-o colocado no pódio dos bancos com mais balcões físicos pelo país.
A instituição presidida por Pedro Castro e Almeida tem sempre dito que não faz “encerramentos”, mas sim fusões de balcões. E continua a referi-lo: é nas grandes cidades que pretende juntar agências, para poder ficar nas praças fora dessas localidades.
Os valores do mercado imobiliário nas grandes cidades são elevados e dificultam a compra ou renda de espaços de maior dimensão.
A acompanhar esta tendência esteve também a saída de pessoal, em que o quadro perdeu 355 profissionais desde setembro de 2018, ficando com 6.271 trabalhadores em setembro deste ano. Este número já abarca a contratação de perto de 100 pessoas para áreas mais técnicas.
"A grande parte das saídas têm sido por reforma antecipada. Na área comercial, é realmente muito duro e, com a integração de dois bancos, houve muitas pessoas acima dos 55 anos que o fizeram", justificou Pedro Castro e Almeida. Mas o ritmo de descida será menor.
Nos primeiros nove meses do ano, o Santander Totta registou um decréscimo de 2,3% dos custos operacionais para 454 milhões, com uma quebra de 2,9% nos custos com pessoal e de 5,3% nos custos administrativos.
Como já antecipado, a sede na Rua do Ouro será transformada num museu. Segundo a administrador Inês Oom de Sousa, o banco “vai abrir a sede à população em geral”. A abertura será a 14 de dezembro.
De acordo com as explicações, haverá salas onde será recriado o banco de antigamente, que será a exposição permanente. Haverá depois exposições temporárias, com artistas convidados.
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