Economia

Santander Totta lucra 390,6 milhões de euros até Setembro 

Pedro Castro e Almeida, presidente executivo do Santander em Portugal
Pedro Castro e Almeida, presidente executivo do Santander em Portugal
Nuno Fox

Os resultados do Santander cresceram 1,5% nos primeiros nove meses do ano face a igual trimestre do ano passado

Santander Totta lucra 390,6 milhões de euros até Setembro 

Isabel Vicente

Jornalista

Santander Totta lucra 390,6 milhões de euros até Setembro 

Diogo Cavaleiro

Jornalista

De Janeiro a Setembro, os lucros do Santander em Portugal totalizaram 390,6 milhões de euros.

O produto bancário cresceu 3,9%, apesar de a margem financeira ter caído 1,8%. Já as comissões líquidas aumentaram 6%, sendo que o produto foi ajudado pelo crescimento de 85% dos resultados em operações financeiras para 88,4 milhões.

Por sua vez, os custos operacionais recuaram 2,3%.

Contudo, o banco foi pressionado por imparidades e pelo pagamento de mais impostos.

As imparidades registaram uma subida significativa de 138% de 4,2 milhões para 10 milhões de euros em Setembro de 2019. Já no que toca as provisões líquidas verificou-se uma recuperação de 26 milhões, superior ao que já havida acontecido no terceiro trimestre de 2018 (20 milhões).

Já em relação aos impostos, a fatura foi de quase 160 milhões, quando, até setembro de 2018, não chegava aos 140 milhões.

Crédito recua, com grande quebra nas empresas

O crédito a clientes caiu 2,4% em termos brutos, sendo que foi pressionado sobretudo pelo segmento empresas (recuou 5,1%), tendo aumentado nos segmentos à habitação (1%) e consumo (1,9%).

Os recursos de clientes subiram 5,3%, com os depósitos a avançarem 4,8%, mas foram os instrumentos fora de balanço (fundos de investimento e outros) que deram o maior impulso, com um avanço de 8,1%.

“Os resultados são bons, mais uma vez”, declarou Pedro Castro e Almeida, o presidente executivo, na conferência de imprensa desta quinta-feira, esperando que, no final do ano, os resultados do ano sejam os melhores em termos históricos.

O CEO acredita que a instituição está preparada para um eventual abrandamento económico, seja por ser um banco eficiente (os custos representam 44,5% das receitas em setembro, quando o rácio estava nos 47,3% um ano antes) e por partir de um rácio de ativos não produtivos, como malparado (NPE), “baixo” (está nos 3,4%).

"Perceber o nível de rentabilidade do banco é o mais importante e o mais crítico", frisou Pedro Castro e Almeida.

"A sustentabilidade dos nossos resultados é muito importante e diferenciadora", continuou o responsável do banco, acrescentando que a rentabilidade dos bancos portugueses continua a "ser afetada pelas contribuições para o sector bancário que é uma fatura grande e não é comparável com a dos outros bancos europeus que não a tem".

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