Santander Totta lucra 390,6 milhões de euros até Setembro
Os resultados do Santander cresceram 1,5% nos primeiros nove meses do ano face a igual trimestre do ano passado
Os resultados do Santander cresceram 1,5% nos primeiros nove meses do ano face a igual trimestre do ano passado
Jornalista
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De Janeiro a Setembro, os lucros do Santander em Portugal totalizaram 390,6 milhões de euros.
O produto bancário cresceu 3,9%, apesar de a margem financeira ter caído 1,8%. Já as comissões líquidas aumentaram 6%, sendo que o produto foi ajudado pelo crescimento de 85% dos resultados em operações financeiras para 88,4 milhões.
Por sua vez, os custos operacionais recuaram 2,3%.
Contudo, o banco foi pressionado por imparidades e pelo pagamento de mais impostos.
As imparidades registaram uma subida significativa de 138% de 4,2 milhões para 10 milhões de euros em Setembro de 2019. Já no que toca as provisões líquidas verificou-se uma recuperação de 26 milhões, superior ao que já havida acontecido no terceiro trimestre de 2018 (20 milhões).
Já em relação aos impostos, a fatura foi de quase 160 milhões, quando, até setembro de 2018, não chegava aos 140 milhões.
O crédito a clientes caiu 2,4% em termos brutos, sendo que foi pressionado sobretudo pelo segmento empresas (recuou 5,1%), tendo aumentado nos segmentos à habitação (1%) e consumo (1,9%).
Os recursos de clientes subiram 5,3%, com os depósitos a avançarem 4,8%, mas foram os instrumentos fora de balanço (fundos de investimento e outros) que deram o maior impulso, com um avanço de 8,1%.
“Os resultados são bons, mais uma vez”, declarou Pedro Castro e Almeida, o presidente executivo, na conferência de imprensa desta quinta-feira, esperando que, no final do ano, os resultados do ano sejam os melhores em termos históricos.
O CEO acredita que a instituição está preparada para um eventual abrandamento económico, seja por ser um banco eficiente (os custos representam 44,5% das receitas em setembro, quando o rácio estava nos 47,3% um ano antes) e por partir de um rácio de ativos não produtivos, como malparado (NPE), “baixo” (está nos 3,4%).
"Perceber o nível de rentabilidade do banco é o mais importante e o mais crítico", frisou Pedro Castro e Almeida.
"A sustentabilidade dos nossos resultados é muito importante e diferenciadora", continuou o responsável do banco, acrescentando que a rentabilidade dos bancos portugueses continua a "ser afetada pelas contribuições para o sector bancário que é uma fatura grande e não é comparável com a dos outros bancos europeus que não a tem".
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