Economia

Franceses continuam a liderar o investimento no imobiliário em Portugal

Franceses continuam a liderar o investimento no imobiliário em Portugal
tiago miranda

Entre os investidores estrangeiros, os franceses têm uma quota de 21%

Os franceses lideram o investimento estrangeiro no imobiliário nacional, com uma quota de 21% no primeiro semestre do ano, anunciou a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) esta quinta-feira.

Feitas as contas aos negócios realizados no sector entre janeiro e junho, a APEMIP diz que o investimento estrangeiro representou 16% do total das transações.

"Os franceses continuam no top dos que mais investem em imobiliário português. Não há dúvida de que esta rota veio para ficar e acentua-se a diversificação deste investimento, que não se concentra apenas nas principais cidades. Com o aumento dos preços nos grandes centros urbanos, há uma procura cada vez mais acentuada em zonas de menor densidade populacional", comenta Luís Lima, presidente da APEMIP face aos últimos números do sector.

Por nacionalidades, o destaque vai para os franceses, mas também para o Reino Unido e Brasil, que têm uma quota de 18%, Alemanha (9%) e China (7%), E Luís Lima acredita que a representatividade do investimento britânico possa manter-se apesar do Brexit.

"Aquando do referendo do Brexit, sentiu-se uma retração (...), no entanto, neste momento, tal não se verifica, uma vez que a representatividade britânica tem vindo a crescer no investimento imobiliário. Os ingleses estão neste momento à procura de outros cestos para colocar os seus ovos e o imobiliário português continua a ser um porto seguro", afirma. A procura continua a estar centrada maioritariamente no Algarve, mas a APEMIP admite que "já se nota alguma curiosidade sobre outras regiões".

"O programa de Autorização de Residência para Atividades de Investimento (Vistos Gold) poderá tornar-se uma via bastante interessante para este mercado caso se verifiquem restrições *a livre circulação", acrescenta.

Por tipologias, as preferências continuam a ir para os T3 (46%), seguidos dos T2 (37%) e T1 (15%).

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mmcardoso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate