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Empresas usam benefícios para ‘travar’ salários

Prémios subsídios e benefícios chegam a superar o salário-base
Prémios subsídios e benefícios chegam a superar o salário-base
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Remuneração. Empresas estão cada vez mais criativas na forma de pagar aos trabalhadores. Reforçam benefícios e subsídios para não aumentar salários. A prática não é ilegal mas penaliza os profissionais e limita a proteção social

Nos últimos oito anos, João Aguiar, engenheiro informático ao serviço de uma grande tecnológica, mudou três vezes de emprego para ganhar... exatamente o mesmo. Em bom rigor, o seu salário-base é igual mas os benefícios mais do que duplicaram. A mudança rendeu-lhe uma componente variável maior, prémios de desempenho mais aliciantes e um pacote de regalias muito mais alargado. No recibo mensal, o ordenado é o mesmo mas, feitas as contas, ganha mais. Esta é a tendência do mercado. Compensar a estagnação salarial com um alargamento do pacote de benefícios oferecidos aos trabalhadores e um reforço da componente variável da remuneração, sob a forma de subsídios, prémios de desempenho e outros que atualmente “podem representar entre 20% a 40% do salário auferido pelos profissionais”, como admite Carlos Sezões, sócio da empresa de recrutamento de quadros de topo Stanton Chase. O problema desta estratégia é que a vantagem para os trabalhadores é só aparente. Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, vai mais longe: “As empresas estão a utilizar de forma ilegal mecanismos previstos na lei para limitar a evolução salarial.”

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