
Elevados custos estão a deixar as centrais de Sines e do Pego “fora de jogo” no mercado elétrico, mesmo com a produção renovável em queda
Elevados custos estão a deixar as centrais de Sines e do Pego “fora de jogo” no mercado elétrico, mesmo com a produção renovável em queda
Editor de Economia
Agosto funcionou, inadvertidamente, como um teste ao modelo de descarbonização que Portugal traçou para daqui a uma década: no mês passado, o país esteve 19 dias consecutivos sem qualquer produção termoelétrica a carvão, o que constitui um novo máximo histórico de produção sem carvão. Segundo o levantamento feito pelo Expresso, em dados que vão até ao ano de 1998, o anterior recorde de produção elétrica livre de carvão tinha sido registado em abril de 2010, quando o país esteve 14 dias seguidos com as centrais termoelétricas de Sines e do Pego paradas.
O corte na produção elétrica a partir do carvão na Península Ibérica é objeto da mais recente análise do think tank (centro de estudos) E3G, especializado em alterações climáticas. “Pela primeira vez em muitos anos, os sistemas elétricos são confrontados com um período prolongado de uso muito reduzido do carvão para produzir eletricidade, circunstância com que estão a lidar de forma bem sucedida. Um sistema elétrico livre de carvão em Portugal e Espanha está mais perto do que nunca, com os objetivos de abandono [do carvão] de 2023 e 2025, respetivamente, a tornar-se mais realistas”, aponta o relatório, assinado pelos investigadores Artur Patuleia, Jesse Burton e Chris Littlecot.
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