Economia

Chilenos da Carsol investem 9 milhões para produzir mirtilos em Alcácer do Sal

Chilenos da Carsol investem 9 milhões para produzir mirtilos em Alcácer do Sal
Erhard Nerger/Getty Images

Grupo Carsol Fruit, do Chile, está a desenvolver projeto para ter 260 hectares de mirtilos numa herdade em Alcácer do Sal, que criarão 200 empregos permanentes e empregarão ainda um milhar de pessoas durante as colheitas

Chilenos da Carsol investem 9 milhões para produzir mirtilos em Alcácer do Sal

Miguel Prado

Editor de Economia

O grupo chileno Carsol Fruit prepara-se para investir 9,3 milhões de euros num projeto de produção de mirtilos em Portugal, que ficará localizado em Alcácer do Sal. A exploração agrícola deverá criar mais de 200 postos de trabalho, segundo os documentos disponibilizados na consulta pública para licenciamento ambiental, que decorrerá até 7 de outubro.

A Carsol irá produzir mirtilos em 260 hectares na Herdade de Montalvo, que tem uma área total de 640 hectares. Segundo a empresa, este projeto irá criar 200 empregos permanentes, mas durante as colheitas dará trabalho a outras 1000 a 1200 pessoas.

O grupo chileno estima que quando a plantação alcançar a velocidade-cruzeiro (em 2025) cada colheita renderá 15 toneladas por hectare, ou seja, 3900 toneladas de mirtilos por ano.

A produção visa não apenas o mercado interno e a indústria transformadora mas também a exportação, de acordo com a informação disponibilizada para esta consulta pública.

Criado há mais de 30 anos no Chile, o grupo Carsol Fruit comprou em 2018 a empresa portuguesa Fruits-on Lda, originalmente fundada em 1996. Na Europa, a Carsol tem centros de distribuição em Roterdão e Valência, contando já com produção em Espanha.

Os planos para Portugal contemplam, num prazo não especificado, alcançar 400 hectares de plantações de mirtilos.

No seu mercado de origem, o Chile, o grupo tem 420 hectares em produção, que na última colheita renderam 5140 toneladas de mirtilos. A empresa exporta principalmente para os Estados Unidos (55%) e Europa (40%), tendo ainda algumas vendas para a Ásia (5%).

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt

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