Economia

Efeito Mercadona? “Na Sonae continuámos a reforçar a quota de mercado” 

Mais promoções, investimento e inaugurações na rota da Sonae MC, garante administração

“Somos líderes e continuamos a reforçar a nossa quota de mercado”, garante João Dolores, administrador executivo da Sonae, em declarações ao Expresso, num primeiro balanço do impacto da estreia da cadeia espanhola Mercadona em Portugal.

A concorrência é recente, uma vez que os espanhóis da Mercadona começaram a abrir os primeiros supermercados em Portugal, em julho, mas as vendas da Sonae MC, dona do Continente, “estão a corrrer bem, em linha com o esperado, a nível geral e também nas lojas mais próximas (da Mercadona)”, diz o administrador do grupo Sonae, que hoje apresentou resultados semestrais e anunciou vendas de 2,18 mil milhões de euros na Sonae MC entre janeiro e junho, correspondentes a um aumento de 3,9% face a período homólogo, mas que sobe para 6,7% considerando apenas o segundo trimestre.

A expansão continua a ser palavra de ordem na empresa que abriu 30 novas lojas no primeiro semestre do ano, incluindo 5 Continente Bom Dia e 1 Continente Modelo, e deverá somar mais 10 a 15 inaugurações destas insígnias até ao fim do ano, com foco nas zonas urbanas e no formato de proximidade, de acordo com o plano de 15 a 20 aberturas/ano.

E as promoções aumentaram nas últimas semanas? “Em Portugal, temos um mercado bastante promocional, mas a nossa estratégia nesse campo não teve alterações significativas”, afirma João Dolores.

Quanto à greve dos motoristas, a administração da Sonae diz que não sentiu qualquer impacto até ao momento. A acompanhar o tema, até pelo impacto que pode ter na operação logística e na vida dos clientes, o grupo garante que se preparou para evitar constrangimentos no abastecimento das lojas, mas evita mais declarações sobre o tema. “Não estamos diretamente envolvidos. Não temos colaboradores em nenhum dos sindicatos envolvidos”, afirma João Dolores.

No que se refere à atividade geral do grupo Sonae, o administrador executivo admite que depois de um primeiro semestre “muito positivo”, marcado por crescimentos de 11% no volume de negócios (2,985 mil milhões de euros) e de 25% no investimento (189 milhões de euros), o final do ano é visto com “confiança”: “Com base no desempenho dos primeiros seis meses, esperamos manter o ritmo do investimento e fechar com um forte crescimento” , diz.

No que respeita às vendas online, a Salsa, que registou aqui um crescimento de 26% e já garante 12% da faturação através do ecommerce é um dos destaques. E esta insígnia do segmento moda já presente em 14 países também é um dos destaque do grupo na frente internacional, considerando que está a crescer em todos os segmentos (lojas próprias, online e vendas noutras lojas) e poderá ter, 2 “a breve prazo”, Espanha como o seu maior mercado.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mmcardoso@expresso.impresa.pt

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