O Banco Popular da China fixou finalmente o câmbio do yuan face ao dólar acima da barreira psicológica de 7 yuans por cada nota verde norte-americana. O câmbio oficial foi fixado esta quinta-feira em 7,0039 yuans por dólar, o que sucede pela primeira vez desde 21 de abril de 2008.
Apesar da depreciação oficial do yuan face ao dólar para níveis de há onze anos, o dólar no mercado não se valorizou esta quinta-feira, caindo ligeiramente de 7,06 yuans no fecho de quarta-feira - o nível mais alto desde maio de 2008 - para 7,04 após o fecho dos mercados na China esta quinta-feira.
O banco central chinês fixa todos os dias o câmbio oficial e permite uma flutuação diária de 2% nos dois sentidos. No final de julho, antes dos tweets do presidente Trump anunciando a escalada na guerra comercial a partir de 1 de setembro, o câmbio oficial estava em 6,884 yuans por dólar. Até esta quinta-feira, o câmbio oficial implicou uma valorização do dólar em yuans de 1,7%. No mercado, a valorização do dólar foi de 2,3% no mesmo período.
O dólar poderá chegar a 7,15 yuans no mercado admite ao Expresso o analista Marc Chandler, estratega-chefe de mercados na Bannockburn Global Forex em Wall Street. Para o analista Mei Xinyu, do Ministério do Comércio chinês, em declarações ao Global Times (o jornal oficioso do Patido Comunista), "não deverá demorar muito tempo até que o câmbio regresse abaixo de 7 yuans" depois da onda de depreciação atual que poderá ir até 7,2 yuans.
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