O Banco Popular da China (PBOC, na designação em inglês) fixou esta terça-feira o câmbio oficial em 6,9683 yuans por dólar, um aumento de 0,7% em relação à taxa fixada no dia anterior, já depois do Departamento do Tesouro norte-americano ter decretado a China como "manipulador de divisas", o que aconteceu, pela primeira vez, desde há 25 anos.
O PBOC fixa o câmbio oficial diariamente e permite uma flutuação de 2% nos dois sentidos. A variação no mercado está dentro desses limites.
O banco central fixou na segunda-feira o câmbio oficial em 6,9225 yuans por dólar, pela primeira vez já muito próximo do limiar dos 7 yuans. O câmbio nos últimos trinta dias no mercado tinha-se situado abaixo de 6,9 yuans por dólar. A moeda chinesa não tem um regime de livre flutuação no mercado como o dólar ou o euro, pelo que a taxa é "gerida".
No mercado, o dólar mantém-se esta terça-feira, perto de 7,035 yuans, o valor de fecho do dia anterior. Tem flutuado, já tendo atingido um pico de 7,056, e descido para um mínimo de 7,032 yuans. A estabilização do câmbio revela uma determinação do PBOC em não deixar em queda livre o yuan.
Continua, no entanto, acima do limiar dos 7 yuans, tal como na segunda-feira, o que já não se registava desde abril de 2008. Desde sexta-feira, quando encerrou a semana em 6,94018 yuans, o dólar já valorizou 1,4% face à moeda chinesa.
O jornal Global Times, na edição em inglês, que funciona como porta-voz oficioso das opiniões de Pequim, referia esta terça-feira que a desvalorização de segunda-feira foi "uma reação normal do mercado" às decisões de escalada na guerra comercial por parte da Administração Trump e que o PBOC pretende manter o câmbio "basicamente estável".
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