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Patrícia Araújo, psicóloga das organizações: “O emprego para a vida foi uma exceção”

Patrícia Araújo, investigadora
Patrícia Araújo, investigadora
Rui Duarte Silva

A docente e investigadora na área da precariedade e empregabilidade, defende que o atual contexto do mercado de trabalho já não cabe nas definições lineares de empregados e desempregados

Patrícia Araújo, psicóloga das organizações: “O emprego para a vida foi uma exceção”

Cátia Mateus

Jornalista

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) chama-lhes grey zone workers (trabalhadores da zona cinzenta). Movimentam-se algures entre as práticas de trabalho dependente, exercidas sob o modelo do trabalho independente. São os precários. Ou, dito de outra forma, os profissionais da “economia da flexibilidade”. A psicóloga das organizações Patrícia Araújo estuda-os desde a licenciatura e fez deles objeto de estudo no doutoramento. Chama-lhes inempregados, uma definição que criou para caracterizar aqueles que durante toda a vida alternam um trabalho precário ou instável com situações de desemprego, nunca chegando a conhecer um vínculo laboral estável. É difícil quantificar quantos são em Portugal. As estatísticas disponíveis não permitem o cálculo. Mas a investigadora garante que são muitos e, em sintonia com a OCDE, sabe que estão (e vão continuar) a aumentar. São a nova geração de profissionais e estão destinados a ser “sempre trabalhadores, mas dificilmente empregados”. Até porque o tempo do emprego para a vida foi um momento de exceção na história, defende.

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