Francisco Pedro Balsemão: emissão obrigacionista é “momento histórico para a Impresa”

Procura de obrigações da SIC atingiu quase 202 milhões de euros, superando em quase 4 vezes a oferta de 51 milhões de euros
Procura de obrigações da SIC atingiu quase 202 milhões de euros, superando em quase 4 vezes a oferta de 51 milhões de euros
Editor-adjunto de Economia
O presidente executivo da Impresa referiu que a emissão obrigacionista da SIC, através da qual a estação televisiva do grupo Impresa (do qual o Expresso faz parte) obteve um empréstimo de 51 milhões de euros, é um “momento histórico para a SIC, para a Impresa e para o próprio mercado de capitais”. Francisco Pedro Balsemão falava na sessão especial de Bolsa que decorreu esta sexta-feira no edifício Impresa, em Paço d'Arcos, Lisboa.
Destacando que esta foi a primeira vez que um órgão de comunicação social fez uma emissão de obrigações para o retalho, explicou que esta operação vai permitir diversificar as fontes de financiamento e alargar a maturidade da dívida, "substituindo linhas de curto prazo por linhas de médio e longo prazo".
"Estaremos atentos a oportunidades de investimento para crescermos de forma sustentada, naturalmente mantendo o controlo de custos", acrescentou.
A operação registou uma procura bruta de quase 202 milhões de euros (3,96 vezes o montante final da oferta) e 10.426 investidores, o que faz dela a maior emissão de dívida de emporesas em número de investidores dos últimos seis anos. “Os resultados foram fantásticos”, referiu o líder da Impresa, adiantando que esta operação “não foi um passeio no parque” pois foi preciso ultrapassar “muitas dificuldades”.
“Há cinco meses que somos líderes das audiências. Isto não foi um golpe de sorte, foi fruto de muito trabalho”, disse ainda, referindo-se ao facto de a SIC ter alcançado a liderança das audiências televisivas em fevereiro.
O empréstimo obrigacionista tem um prazo de três anos – o reembolso ocorrerá a 11 de julho de 2022 e as obrigações são admitidas à negociação na Euronext a 10 de julho. A SIC ofereceu aos investidores um juro de 4,5%, superior às duas emissões obrigacionistas anunciadas recentemente, uma da Sociedade Anónima Desportiva do Benfica e outra da TAP, onde a taxa bruta oferecida foi de 3,75% e 4,375%, respetivamente.
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