BPI já reconheceu perdas com a SAG de Pereira Coutinho em 2018. Plano de recuperação é “razoável”
Pablo Forero explica perdão à SAG e à SIVA com razoabilidade dos planos de recuperação da SAG e da SIVA. Imparidades foram reconhecidas no ano passado
Pablo Forero explica perdão à SAG e à SIVA com razoabilidade dos planos de recuperação da SAG e da SIVA. Imparidades foram reconhecidas no ano passado
Jornalista
O Banco BPI reconheceu, “todas as imparidades” com a SAG – Soluções Automóveis Globais, que tem João Pereira Coutinho como principal accionistas, e a sua SIVA, que está a ser vendida à Porsche. Os planos de recuperação das empresas, que prevê um perdão de pelo menos 116 milhões por parte dos bancos entre os quais o BPI, é “razoável”, nas palavras de Pablo Forero.
Questionado na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro trimestre, o presidente executivo do banco não quis quantificar a dimensão das imparidades que foram constituídas em 2018 para o grupo de Pereira Coutinho. “Já reconhecemos nas nossas contas o impacto da SAG”, declarou.
Esta semana, foi anunciado o negócio que prevê a venda, pela SAG, da SIVA por um euro, que será feito no âmbito de dois processos especiais de revitalização (PER) de cada uma delas. Os bancos assumem um perdão de 100 milhões no seu conjunto face à SIVA (a parcela do BPI não foi identificada) e 16 milhões em relação à SAG (466 mil do perdão aceite pelo BPI). Ou seja, não antecipam receber a totalidade da dívida destas empresas.
“O plano de recuperação é razoável e faz sentido. Quando achas que a empresa está a fazer o trabalho de casa, mudas as pessoas que tem de mudar”, é aceitável o perdão de dívida, defendeu Pablo Forero aos jornalistas.
“Estamos muito atentos ao que acontece”, até porque, adiantou o responsável do banco, antecipa-se, “se tudo correr bem”, possa “até recuperar parte das imparidades”.
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