Assembleia decisiva da EDP tem a menor afluência de acionistas desde a privatização

Embora possa determinar o fim da OPA chinesa, a assembleia de acionistas da EDP arrancou com a mais baixa participação desde 2011
Embora possa determinar o fim da OPA chinesa, a assembleia de acionistas da EDP arrancou com a mais baixa participação desde 2011
Editor de Economia
A assembleia geral de acionistas da EDP arrancou esta quarta-feira às 15h15, com 65,18% do capital representado, o que se traduz na menor participação desse que a China Three Gorges se tornou o maior acionista da elétrica, no final de 2011.
Na assembleia geral de 2011 houve uma participação de 58,3% dos acionistas, mas nos anos seguintes, já com o Estado chinês presente na EDP, o índice de participação nas assembleias gerais foi sempre superior. Oscilou entre um mínimo de 66%, na assembleia extraordinária de 2012, e um máximo de 77,8%, em 2016.
A menor afluência de acionistas na assembleia desta quarta-feira acontece num contexto em que a reunião se pode revelar decisiva para o futuro da EDP, já que o ponto 9 da ordem de trabalhos votará a eliminação do limite de votos de 25% na elétrica.
O fim desse limite de votos foi reiterado pela CTG na passada segunda-feira como uma condição essencial para manter a oferta pública de aquisição anunciada em Maio de 2018.
Se a votação desse ponto for negativa ou não obtiver uma maioria de dois terços dos votos emitidos então fica por cumprir uma das condições que a própria CTG enunciou como requisitos para avançar com a OPA à EDP.
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