95 anos e membro da elite europeia

À beira do centenário, o laboratório Bial já conseguiu, por duas vezes, cumprir o plano estratégico, traçado há 30 anos, de trazer novos fármacos ao mundo
À beira do centenário, o laboratório Bial já conseguiu, por duas vezes, cumprir o plano estratégico, traçado há 30 anos, de trazer novos fármacos ao mundo
Jornalista
Fica na Trofa, perto do Porto, e faz 95 anos hoje, 19 de abril. A celebração do aniversário do laboratório Bial reuniu, no fim de semana passado (anteciparam os festejos por causa da Páscoa), quase todos os colaboradores, incluindo as filiais no estrangeiro. À beira do centenário, foram vários os percalços de um negócio familiar que podia ter acabado nos anos 70, depois da morte do pai de Luís Portela, 67 anos, que deixou a carreira de médico, investigador e docente para ser empresário, sem nunca ter ambicionado essa vida. “Quando ganhei uma bolsa para fazer o doutoramento em Cambridge, em 1978, queria ir mas não tinha quem comprasse a minha parte [da farmacêutica]”, recorda o gestor, acrescentando que agarrou na empresa fundada pelo avô por temer que “soçobrasse”.
Em março fez 40 anos de carreira, os últimos oito como presidente não-executivo, já que, em 2011, fez a passagem de testemunho para o filho mais velho, António, 44 anos. “Ambicionei levar ao mundo o primeiro medicamento de investigação portuguesa e isso foi conseguido. Mal acontecesse, iria reunir condições para me libertar para uma posição não-executiva, criando uma estrutura de gestão mais forte do que a que eu tinha liderado”, conta Luís Portela. Seguir-se-á, em breve, a reforma. “Quero retirar-me antes do final dos dois anos do novo mandato do Conselho de Administração, que agora se iniciou”, revela. A decisão era conhecida por poucas pessoas. “Estão reunidas as condições”, pois a Bial vive uma fase “tranquila”, depois de uma década desafiante.
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