Economia

Hotéis do Algarve querem “solução urgente” nos combustíveis para evitar fuga de turistas na Páscoa

Hotéis do Algarve querem “solução urgente” nos combustíveis para evitar fuga de turistas na Páscoa
Paulo Vaz Henriques

“Temos aqui um problema grave, a que é preciso acudir com urgência”, apelam os hoteleiros da região

Os hotéis do Algarve estão "extremamente preocupados" com as consequências para o turismo no período da Páscoa que a crise de abastecimento de combustíveis pode gerar. "Temos aqui um problema grave, a que é preciso acudir com urgência e responsabilidade", sustenta Elidérico Viegas, presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

No período da Páscoa, muitos hotéis do Algarve estavam "com ocupações próximas dos 100%", mas com o problema da falta de combustíveis "se não houver uma solução rápida, tememos que muitas pessoas já não o façam por não se poderem deslocar", frisa o presidente da associação hoteleira.

Era esperado que a Páscoa deste ano resultasse para o Algarve num bom arranque da época alta, até por decorrer num período mais favorável que no ano passado, até pela previsão de melhores condições metereológicas.

"Tinhamos fortes expectativas relativamente à ocupação dos hotéis no Algarve neste período da Páscoa", salienta Elidérico Viegas, enfatizando que o aumento esperado vinha sobretudo do lado dos portugueses.

"Mas os portugueses para virem até ao Algave tem de se deslocar", frisa o presidente da AHETA, lembrando que a região neste período de pico sobe de 450 mil residentes oficiais para cerca de 1 milhão de pessoas. "Estamos com milhões de turistas do Algarve sem abastecimento? Sem combustível para se deslocar ou sequer para fazer comida, como é que isto pode ser?", questiona.

Elidérico Viegas chama a atenção para o facto de o Governo, ao decretar inicialmente serviços mínimos de abastecimento de combustível, "ter em consideração apenas Lisboa e Porto, parece que o resto do país não existe, é paisagem. O Algarve não foi logo considerado, e está em causa a maior região turística e numa atividade que é estratégica para o país".

Para o presidente da associação hoteleira, é positivo o facto do aeroporto de Faro já ter sido abastecido no âmbito dos serviços mínimos. "Mas depois como é que as pessoas vão do aeroporto para os hotéis? Não pem ir a pé. Como é que há transferes ou rent-a-cars?".

Elidérico Viegas lembra ainda que se a situação de falta de combustíveis se prolongar, "os hotéis e restaurantes do Algarve poderão entrar em rotura" pois precisam de ser abastecidos de comida, além de gás para utilizar nas águas quentes ou cozinhas

"Estamos com uma situação demasiado séria no Algarve para não se tomarem medidas rápidas para evitar uma solução de rutura", avisa o presidente da AHETA

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: cantunes@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate