É uma ronda de investimento série A, liderada pela capital de risco norte-americana Khosla Ventures (fundada por Vinod Khosla, cofundador da Sun Microsystems), no valor de oito milhões de dólares (7 milhões de euros). Foi este o valor que a Sword Health, startup portuguesa que criou um sistema de fisioterapia digital que alia inteligência artificial a equipas clínicas humanas, acabou de angariar. Até à data, a tecnológica portuguesa já conseguiu captar 15 milhões de dólares (13 milhões de dólares).
O capital vai permitir à empresa - que tem presença física em São Francisco, Nova Iorque e Porto - reforçar a expansão nos Estados Unidos, onde mais de metade da população sofre com doenças musculoesqueléticas.
Atualmente, a Sword Health está a trabalhar com grandes seguradoras norte-americanas para tratar e prevenir este tipo de patologias, com o intuito de reduzir para metade os custos com cirurgias e medicamentos - que representam, anualmente, 190 mil milhões de dólares (168 mil milhões de euros) só no mercado mercado norte-americano.
Além disso, o financiamento servirá para desenvolver as capacidades de engenharia do produto e investir na validação clínica do mesmo.
Destinada a reduzir a dor e incapacidade resultantes das doenças musculoesqueléticas, a Sword Health leva a fisioterapia a casa dos doentes, através de tecnologia e de ferramentas digitais. Mas conta também com uma equipa de fisioterapeutas e médicos que prescrevem, avaliam, validam e supervisionam remotamente o programa terapêutico.
As doenças musculosqueléticas, que afetam uma em cada três pessoas no mundo, “estão a provocar e a aumentar o absentismo laboral, a promover o consumo de opióides e a abrir caminho para cirurgias evitáveis”, aponta em comunicado o fundador e presidente executivo, Virgílio Bento. “Estamos a construir os próximos 50 anos da fisioterapia mundial e a redefinir os cuidados de saúde para estas patologias.”
Já Vinod Khosla, fundador da capital de risco que liderou a ronda, acredita que a Sword Health “pode inovar e causar disrupção” num mercado que “praticamente não evoluiu nos últimos 50 anos” e é “uma das áreas mais dispendiosas no sector da saúde”.
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