A EDP fechou 2018 com um lucro de 519 milhões de euros, menos 53% do que o alcançado no ano anterior, uma queda em grande medida provocada pelas perdas que o grupo registou na sua operação em Portugal.
O resultado líquido em Portugal foi negativo em 18 milhões de euros, penalizado pelas provisões de 285 milhões de euros para fazer face ao corte das alegadas sobrecompensações do regime CMEC (custos para a manutenção do equilíbrio contratual), determinado pelo Governo no ano passado.
O resultado de 2018 é o mais baixo desde que a EDP é liderada por António Mexia, refletindo o primeiro ano em que Portugal dá prejuízo desde o início da privatização do grupo (1997), e está dentro do intervalo de 500 a 600 milhões de euros de lucro que a empresa tinha projetado numa apresentação ao mercado em Janeiro.
O desempenho da EDP em 2018 acabou por tirar partido de evoluções positivas na EDP Renováveis e do Brasil, unidades de negócio que, segundo a EDP, tiveram os melhores resultados de sempre e melhoraram o seu resultado líquido em mais de 100 milhões de euros face ao ano anterior.
A EDP fechou 2018 com uma dívida líquida de 13,5 mil milhões de euros, menos 3% do que em 2017. O investimento global do grupo, pelo contrário, cresceu 18%, ultrapassando os 2 mil milhões de euros.
A empresa, que esta terça feira apresentará ao mercado uma revisão da sua estratégia, propõe a manutenção do dividendo de 19 cêntimos por ação.
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