Depois do caso relacionado com a utilização abusiva de dados de membros do Facebook pela consultora Cambridge Analytica (e a sua influência nas eleições presidenciais norte-americanas), a rede social está envolta em nova polémica.
O Facebook tem recebido dados pessoais de utilizadores de determinadas aplicações, embora estes não sejam membros do Facebook nem tenham conhecimento desta partilha de dados. A notícia foi avançada na sexta-feira pelo “The Wall Street Journal”.
O jornal testou mais de 70 aplicações aplicações (disponíveis para Android e iOS) e descobriu que pelo menos 11 enviavam informação sensível para o Facebook. Entre elas estão a Instant Heart Rate, aplicação para monitorizar o ritmo cardíaco, a app para monitorizar o ciclo menstrual Flo, a Breethe para meditação e a Realtor, para encontrar casa, entre outras.
Dados como o ciclo menstrual de utilizadoras da Flo e o número de batimentos cardíacos por minuto são algumas das informações partilhadas com a multinacional norte-americana. Segundo o mesmo jornal, em muitos casos a informação enviada permite identificar os utilizadores.
O governador do estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, pediu uma investigação imediata àquilo que considerou ser uma invasão clara de privacidade.
A tecnológica já veio dizer que pediu às aplicações para informarem os utilizadores sobre os dados que estão a partilhar, acrescentando que “proíbe os programadores de enviarem dados sensíveis”.
Consequentemente, alguns dos programadores das aplicações responderam ao jornal que vão alterar as políticas de recolha de dados.
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