Plano para 2030 reduzirá a nossa dependência energética do exterior para 65%
Plano apresentado esta segunda-feira pelo Governo aposta nas fontes limpas, sobretudo energia solar, que ajudará a baixar a dependência do exterior, que em 2017 era de 79%
Plano apresentado esta segunda-feira pelo Governo aposta nas fontes limpas, sobretudo energia solar, que ajudará a baixar a dependência do exterior, que em 2017 era de 79%
Editor de Economia
O Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC), que o Governo apresentou publicamente esta segunda feira, prevê que Portugal chegue a 2030 com uma dependência energética do exterior de 65%, valor que compara com os 79% registados em 2017.
Nos últimos anos o país tem conseguido reduzir a sua dependência energética, que em 2014 teve o valor mais baixo da última década, com 73,7%. Nos anos seguintes a dependência do exterior voltou a subir, fechando 2017 nos 79%, devido à seca registada nesse ano, que puxou pela produção elétrica a carvão e gás natural.
O PNEC prevê que a redução da dependência do exterior se faça por via de uma maior electrificação do consumo energético, aliada a uma maior penetração de fontes limpas na produção elétrica.
O peso das renováveis no consumo de eletricidade deverá alcançar os 80% em 2030. O peso das fontes limpas no consumo total de energia (que inclui setores mais expostos aos combustíveis fósseis, como os transportes) deverá ser de 47% no ano 2030.
O PNEC estima que neste horizonte 20% da mobilidade será feita com energias renováveis (face aos atuais 7,5%), prevendo ainda que as emissões poluentes baixem 45% a 55% face aos níveis de 2005.
O Governo calcula que o cumprimento das metas do PNEC para 2030 exigirá um investimento mínimo de 17,1 mil milhões de euros, entre a nova capacidade (sobretudo centrais fotovoltaicas, mas também um reforço da energia eólica e da hídrica) e a adaptação da rede elétrica.
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