16 janeiro 2019 14:07
Ana Botin, presidente do Santander
getty
O banco espanhol liderado por Ana Botín decidiu voltar atrás na contratação de Andrea Orcel para o cargo de presidente executivo anunciado em setembro. Salário de 50 milhões foi causa invocada - "era inaceitável", diz o banco
16 janeiro 2019 14:07
A nomeação de Andrea Orcel para a presidência executiva do Santander foi cancelada. O banco liderado por Ana Botín voltou atrás na nomeação de Orcel depois de meses de negociação. Tudo se resume ao salário que o Santander teria de lhe pagar: uma compensação devida a salários acumulados relativos ao banco onde trabalhava, UBS. Ou seja 50 milhões de euros, valor muito acima do que o banco espanhol tinha estimado, referiu o jornal Cinco Dias.
Orcel foi anunciado para a presidência em setembro de 2018. Agora, em comunicado enivado ao regulador do mercado espanhol, o Santander diz ser "inaceitável para um banco como o Santander suportar este custo", e, como tal o conselho de administração "considera que não seria adequado manter esta nomeação" .
E justifica: "Nos últimos meses foram mantidas negociações sobre os termos de saída de Orcel da entidade onde trabalhava (UBS) e ficou agora claro que o custo para o Santander relativamente à compensação pelo seu trabalho nos últimos sete anos se traduziria num montante bastante superior em relação ao que foi previsto pelo grupo".
Recorde-se que Andrea Orcel iria substituir José António Alvarez na presidência executiva do Santander, mas depois do volte-face Alvarez irá acumular as funções de CEO com as de vice-presidente da administração temporariamente, ficando sem efeito a nomeação de Orcel.