A paralisação no porto de Setúbal está a “agravar criticamente” a situação das principais indústrias exportadoras da região.
Em comunicado divulgado esta terça-feira, a Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET), sublinha que muitas empresas têm tido sobrecustos muito relevantes para movimentar os seus produtos por outros portos, “estando algumas a entrar em situações de incumprimento contratual com clientes”.
Por outro lado, o conflito do porto de Setúbal, que dura desde o início de novembro, está a deixar várias unidades industriais fortemente condicionadas na sua capacidade de produção e armazenamento, “enfrentando já situações de sério risco de abastecimento de combustíveis, matéria-prima e escoamento de produto acabado”.
A Autoeuropa, em Palmela, é uma das empresas mais prejudicadas, com mais de 22 mil carros fabricados, parados à espera de embarque para os países de destino.
A AISET realça ainda que o estrangulamento do porto de Setúbal afeta toda a economia da região, do País, os operadores portuários, os prestadores de serviços às empresas e os armadores marítimos, “que cessarão a sua atividade em caso de paragem forçada, para além de provocar danos ao Porto de Setúbal, um exemplo de crescimento, última década”.
No comunicado hoje emitido a AISET conclui que nem o porto de Setúbal nem os seus trabalhadores ficarão isentos de consequências negativas devido à perda de rotas e contratos.
A AISET apela, por fim, às partes em confronto para “concluírem urgentemente um acordo que permita encerrar este conflito e ser possível retomar a normalidade económica da região”.
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