Economia

Ministro francês pede liderança interina na Renault após a prisão de Carlos Ghosn

Carlos Ghosn
Carlos Ghosn
Regis Duvignau/Reuters

O ministro da Economia francês, Bruno le Maire, pediu esta terça-feira a nomeação de uma liderança interina da empresa construtora de automóveis, frisando que “Carlos Ghosn já não está em condições de dirigir o grupo Renault”

O ministro da Economia francês, Bruno le Maire, pediu esta terça-feira a nomeação de uma liderança interina da empresa construtora de automóveis Renault na sequência da prisão do presidente do conselho de administração, Carlos Ghosn, no Japão.

Segundo um porta-voz da empresa, o conselho de administração da Renault vai reunir-se esta terça-feira, mas a hora ainda não é conhecida. Entretanto, o ministro da Economia disse em entrevista à FranceInfo que é "necessária uma presidência interina" e anunciou que vai estar presente no encontro de hoje e que deve reunir os administradores do Estado francês, que detém 15% do grupo.

"Carlos Ghosn já não está em condições para dirigir o grupo (Renault)", acrescentou Bruno le Maire. Por outro lado, o ministro da Economia adiantou que não foram identificadas fraudes fiscais em França cometidas por Carlos Ghosn, responsável máximo pela administração da Renault-Nissan.

Ghosn, 64 anos, foi detido na segunda-feira em Tóquio sob a acusação de vários crimes incluindo fraude fiscal.

"Não há nada de particular a apontar sobre a situação fiscal de Carlos Ghosn em França", disse le Maire na mesma entrevista.

De acordo com a imprensa japonesa, uma companhia holandesa associada à Nissan Motor gastou 15,5 milhões de euros em casas para Carlos Ghosn.

Segundo as notícias publicadas esta terça-feira em Tóquio, a empresa holandesa foi constituída em 2010 para a aquisição de vivendas particulares no Rio de Janeiro e em Beirute. A cadeia de televisão pública NHK acrescenta numa outra notícia que foram adquiridas casas em Paris e Amesterdão, de forma irregular.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate