A Irlanda anunciou esta quarta-feira à noite que liquidou o que restava do empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos empréstimos bilaterais concedidos pela Dinamarca e a Suécia no âmbito do resgate de 2010.
Esta semana, o Tesouro irlandês realizou um desembolso antecipado de €4,5 mil milhões ao FMI e de €400 milhões à Dinamarca e €600 milhões à Suécia. Com estes pagamentos antecipados, Dublin poupa €150 milhões em juros.
É o primeiro país resgatado durante a crise das dívidas soberanas na zona euro a liquidar a dívida ao FMI.
Portugal, depois dos diversos reembolsos antecipados que realizou desde março de 2015, já pagou perto de 80% do empréstimo do FMI, restando cerca €5,5 mil milhões em dívida, com uma amortização antecipada de €800 milhões projetada para 2018. A Grécia já pagou 65% do empréstimo do FMI em amortizações desde 2013 e quatro reembolsos antecipados em 2016 e 2017.
Para poder realizar os reembolsos a estes três credores oficiais, amortizando antes do prazo os empréstimos respetivos, o Tesouro irlandês obteve a autorização prévia dos dois fundos de resgate europeus, o MEEF (Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira) e o FEEF (Fundo Europeu de Estabilidade Financeira), a quem a Irlanda deve €22,5 mil milhões e €18,4 mil milhões respetivamente. Dublin deve, ainda, €4 mil milhões ao Reino Unido, um outro credor oficial do resgate.
O Tesouro irlandês havia pago anteriormente €18 mil milhões ao FMI em desembolsos antecipados entre dezembro de 2014 e março de 2015.
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