TAP alcança acordo com tripulantes que ameaçaram com greve
Fernando Pinto diz que o acordo alcançado atende às preocupações dos tripulantes que se queixavam das condições de descanso nas rotas de Boston e Nova Iorque
Fernando Pinto diz que o acordo alcançado atende às preocupações dos tripulantes que se queixavam das condições de descanso nas rotas de Boston e Nova Iorque
em Boston
O presidente-executivo da TAP anunciou que foi alcançado um acordo com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) que ameaçou avançar com uma greve caso a companhia não alterasse as condições de descanso dos tripulantes nas novas rotas para os EUA.
“Esse é um assunto sindical, mas posso dizer que já está tudo resolvido. O acordo alcançado terá ainda que ir à assembleia-geral de tripulantes, mas achamos que atende às preocupações levantadas”, disse ao Expresso Fernando Pinto este sábado, durante a cerimónia de inauguração da nova rota Lisboa-Boston.
Questionado sobre as condições do acordo, o presidente-executivo da TAP recusou-se a adiantar pormenores, insistindo apenas que se trata de um “assunto arrumado”.
Na terça-feira, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) ameaçou avançar com uma greve se a TAP não alterasse as condições de descanso dos tripulantes nas rotas de Boston e Nova Iorque. Em declarações à Lusa, o vice-presidente do SNPVAC, Nuno Fonseca, explicou que estava em causa um período de descanso adicional para os tripulantes destes voos, dado que “durante o voo não estão asseguradas condições de descanso, o que tem muita importância", acusando a companhia aérea de não respeitar o que está previsto no Acordo de Empresa, em vigor desde 2006.
Segundo o dirigente sindical, os dois Airbus A330 – que foram cedidos pela companhia aérea Azul, de Navid Neeleman –, e que estão a operar a rota para Boston que arrancou este sábado e a rota para o Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova Iorque, a partir de 1 de julho, têm apenas quatro cadeiras de descanso para os tripulantes, não estando asseguradas as condições favoráveis.
O SNPVAC foi um dos sindicatos que não chegou a acordo com o anterior Governo, quando foi aprovado em Conselho de Ministros o caderno de encargos da privatização da companhia aérea.
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