ARQUIVO A menina repatriada

Rússia põe de lado devolver Alexandra ao casal português

27 outubro 2009 20:28

As autoridades da vila de Pretchistoe, onde vive a menina russa entregue pelo Tribunal de Guimarães à mãe biológica, consideram que a prioridade é que ela permaneça na Rússia, deixando de lado a hipótese de Alexandra ser devolvida ao casal português que a criou. Clique para visitar o dossiê A Menina Repatriada.

27 outubro 2009 20:28

As autoridades da vila de Pretchistoe, onde vive Alexandra, menina russa entregue pelo Tribunal de Guimarães à mãe biológica, Natália Zarubina, continuam com a intenção de retirar a menina de casa da mãe, mas põem de lado a possibilidade do seu regresso a Portugal.

Clique para aceder ao índice do DOSSIÊ A MENINA REPATRIADA

"Alexandra é cidadã da Rússia e a nossa tarefa é que ela fique no país", declarou Iúri Kudriavtsev, chefe da Comissão para Protecção de Menores do Concelho de Pervomaisk, onde se encontra a vila de Pretchistoe, à agência russa Ria-Novosti.

Kudriavtsev põe de lado a devolução de Alexandra ao casal português que a criou: "Ela já se esqueceu dos pais de acolhimento, por isso será melhor para a criança se ela for adoptada por uma família russa".

"Alexandra é cidadã da Rússia"

"Alexandra é cidadã da Rússia e a nossa tarefa é que ela fique no país", declarou Iúri Kudriavtsev, chefe da Comissão para Protecção de Menores do Concelho de Pervomaisk, onde se encontra a vila de Pretchistoe, à agência russa Ria-Novosti.

Kudriavtsev põe de lado a devolução de Alexandra ao casal português que a criou: "Ela já se esqueceu dos pais de acolhimento, por isso será melhor para a criança se ela for adoptada por uma família russa".

"Agora andamos à procura do pai da criança, que vive em Portugal. Recebemos informações da parte portuguesa de que ele teria escrito na embaixada (russa) a renúncia aos direitos paternais sobre a criança, mas a embaixada não confirmou essa informação", declarou Kudriavtsev, acrescentando ter informação de que o pai biológico "não é seguro".

Autoridades locais pedem intervenção superior

Kudriavtsev reconhece que as autoridades locais são incapazes de resolver sozinhas o problema e telefonaram para Moscovo a pedir a intervenção do Comissão para Direitos Humanos na Rússia.

"Telefonámos há pouco para Moscovo e foi-nos dito que está a ser organizada" uma deslocação, declarou, acrescentando que a Comissão para Direitos Humanos deverá visitar a vila em Novembro e "poderá mudar a situação criada na família Zarubina".

Pai diz que mantém os direitos paternais

O pai de Alexandra, a menina russa que foi retirada da família que a acolheu pelo Tribunal de Guimarães, disse hoje à agência Lusa que mantém o direito de paternidade em relação à filha.

"Nunca disse que não era o pai dela", referiu Gueorgui Tsklauri, de nacionalidade ucraniana, e que reside, actualmente, no Porto.