MNE faz balanço da presidência

Deputados aplaudem Luís Amado

20 dezembro 2007 20:28

Luísa Meireles

Luísa Meireles

Redatora Principal

Com excepção do PCP, BE e Verdes.

20 dezembro 2007 20:28

Luísa Meireles

Luísa Meireles

Redatora Principal

PS, PSD e CDS foram esta quinta-feira unânimes em saudar o Governo pelo êxito da presidência portuguesa da União Europeia, numa sessão plenária da Assembleia da República sobre Europa e o Conselho Europeu à qual compareceu o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado.

O ministro, que compareceu acompanhado dos secretários de Estado Manuel Lobo Antunes e João Gomes Cravinho, fez uma intervenção de fundo sobre a presidência, no final da qual foi aplaudido pelos deputados daqueles três partidos, num hemiciclo que se apresentava meio cheio.

Luís Amado acabava de sublinhar o apoio "de todos, municípios e regiões autónomas, sectores da administração e do Governo", bem como um "reconhecimento especial" aos diplomatas, representantes permanentes em Bruxelas e secretários de Estado, e à Assembleia da República onde, "independentemente da diferença de opiniões e perspectivas, sempre encontrámos o apoio necessário para que os objectivos da presidência fossem alcançados".

O governante fez depois uma menção especial a Durão Barroso, em resposta a uma intervenção de Santana Lopes, considerando que "uma das razões para o sucesso da presidência foi o forte apoio das várias instituições europeias, da Comissão e, em particular, do seu presidente, que teve um papel muito importante no seu acompanhamento e estímulo".

"Sucessos" e desafios

Na sua intervenção, o ministro relevou os principais pontos do que considerou "o sucesso" da presidência, desde a aprovação do Tratado de Lisboa ao alargamento do espaço Schengen aos novos Estados-membros, aos aspectos mais sectoriais como o projecto Galileu, o Instituto Europeu de Tecnologia, a flexigurança e a aprovação da directiva dos serviços postais, a reforma do vinho, etc.

"Num tempo em que os Estados se vêem confrontados com os seus limites de actuação, os mecanismos consagrados no novo Tratado valorizam o potencial europeu", disse o ministro, considerando que a política externa da União deve "saber reflectir os pontos de encontro dos Estados-membros" no que diz respeito ao mais amplo leque de assuntos.

Sobre este último ponto, Luís Amado mencionou especificamente o trabalho desenvolvido nos Balcãs e os acordos de associação e cooperação assinados com o Montenegro, Sérvia e Bósnia, e o empenhamento numa solução para o Kosovo, através da criação de uma troika, onde pela primeira vez esteve presente a UE.

"A presidência portuguesa foi um desafio a todos os títulos", declarou, contabilizando as 140 reuniões realizadas (20 das quais com a presença dos ministros e/ou dos chefes de Estado e de Governo), os 16.500 membros de delegações de Estados-membros e países terceiros que estiveram presentes, os oito mil jornalistas acreditados para os diversos eventos e as 820 mil visitas ao site da presidência.