No final de março estavam inscritos nos centros de emprego nacionais 343.761 desempregados. O número, divulgado esta manhã pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) traduz um aumento do desemprego registado de 8,9% em cadeia e de 3% face ao período homólogo, colocando-o em máximos de há 14 meses. Feitas as contas são mais 28.199 desempregados do que em fevereiro, a maioria "vítima" do impacto económico da pandemia. E entre os milhares de desempregados registados, há um dado que traduz a dimensão do problema social que o país terá em mãos nos próximos meses. O número de casais em que nenhum dos cônjuges tem emprego aumentou 11% num mês. São já 5.902 as famílias nesta situação.
São os primeiros indicadores sobre o impacto da pandemia no mercado de trabalho e, admitem os economistas, não permitem ainda traçar a real dimensão do desemprego nacional já que muitos dos trabalhadores foram dispensados na segunda metade de março e poderão ainda não registado a sua inscrição nos centros de emprego. Contudo, ainda possam pecar por defeito, há já algo que como certo e não apresenta grandes dúvidas nem para o Governo, nem para os especialistas em economia do trabalho: abril será pior.
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