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A democracia ou a vida?

Sul-coreanos esperam numa fila para adquirirem máscaras de proteção contra o coronavírus. O país está a ter bons resultados na luta contra a pandemia
Sul-coreanos esperam numa fila para adquirirem máscaras de proteção contra o coronavírus. O país está a ter bons resultados na luta contra a pandemia
Kim Kyung-Hoon/REUTERS

Esta sexta-feira a Organização Mundial da Saúde anunciou que o epicentro do novo coronavírus se deslocou da Ásia para a Europa. Em Itália e em Espanha os hospitais não têm mãos a medir mas na Coreia do Sul e na China as medidas adotadas, por vezes com contornos pouco democráticos, estão a ser bem sucedidas

Toda a Itália, isto é 60 milhões de pessoas, está de quarentena e mais de mil pessoas já morreram deste que o surto de coronavírus teve início, em dezembro, na China. Por outro lado, na Coreia do Sul, um dos primeiros países, depois da China, a ter de lidar com este contágio rápido, estão registadas apenas 67 mortes e as pessoas não estão obrigadas em ficar em casa, como agora também foi recomendado em Portugal. Nos últimos dias, muito devido aos “testes massificados” que a Coreia do Sul impôs à sua população, o número de pessoas contaminadas estagnou e Seoul apresenta-se como um caso de sucesso no combate à Covid-19.

Ambos os países viram os seus primeiros casos da doença surgir no final de janeiro. Desde então, a Coreia do Sul registou oito mil casos — mas isso só sucedeu depois de de testar mais de 200 mil pessoas. Itália identificou mais de 15 mil casos após realizar pouco mais de 73 mil testes. A agência Reuters foi tentar entender a disparidade e apesar de os epidemiologistas assumirem que não é possível retirar nenhuma conclusão apenas pela comparação dos números, também dizem que os resultados apontam pelo menos um caminho correto: testar “toda a gente” é uma ferramenta poderosa para combater o vírus. Quase 20 mil pessoas estão a ser testadas todos os dias, e a maioria dos resultados são conhecidos em 24 horas, explicava esta sexta-feira Hannah Nam, uma médica sul-coreana, no Twitter.

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