Chama-se "Do fundo do nosso coração" e é um livro de 180 páginas sobre o sacerdócio dos padres católicos. Nada que, aparentemente, pudesse fazer parar as rotativas (ou abrir os online, na versão mais atualizada da frase), não fosse dar-se o caso de ter sido escrito por Bento XVI e pelo cardeal guineense e Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Robert Sarah. Os dois são amigos e comungam da mesma ideia de que o celibato dos sacerdotes é para ser preservado.
O livro será posto à venda já amanhã, quarta-feira, em todo o mundo. A editora francesa Fayard fez a devida promoção da obra, classificando-a como "única e histórica". O facto de ter a coautoria de Joseph Ratzinger ajuda. Aos 92 anos, o Papa Emérito raramente se pronuncia sobre matérias do foro teológico ou da vida da Igreja. E, logo no momento em que Francisco se prepara para acolher as recomendações saídas do Sínodo da Amazónia no sentido de flexibilizar (pelo menos para aquela região) o princípio do celibato obrigatório dos padres, as palavras de Bento XVI ganham outro fôlego. E, claro, são uma gigantesca oportunidade editorial: o livro abre o site da Fayard e as compras on-line estão disponiveis em versão de papel ou digital.
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