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O escravo que tentou libertar São Tomé mas acabou esquartejado pelos colonos brancos

O escravo que tentou libertar São Tomé mas acabou esquartejado pelos colonos brancos

Líder da primeira grande revolta de escravos do mundo atlântico, Amador conseguiu ter nas mãos a ilha de São Tomé durante vinte dias. Hoje é reconhecido como herói nacional

Implantada nas ilhas de São Tomé e Príncipe na segunda década do século XVI, a indústria açucareira baseava-se essencialmente no trabalho dos escravizados africanos (podiam ser cerca de trezentos em cada engenho), sujeitos, quase sempre, a ritmos de trabalho muito exigentes e, se os não cumpriam, a castigos desumanos. Não admira por isso que se sucedessem as fugas individuais ou em grupo para o interior da ilha e que, de vez em quando, eclodissem revoltas dos trabalhadores dos engenhos.

A mais conhecida e a maior dessas rebeliões teve lugar em 1595 e, ao contrário do que é habitual em situações históricas semelhantes, conhecemos o nome do seu líder principal: Amador, escravo de um tal Bernardo Vieira. Na memória lendária da gente de São Tomé e Príncipe, e até a nível oficial, Amador surge muitas vezes cognominado “rei dos Angolares”. No entanto, parece hoje seguro que os Angolares, uma minoria étnica com uma longa história de resistência ao domínio colonial, não são vistos nem achados neste acontecimento. O certo é Amador se ter autointitulado, ou ter sido chamado, capitão-general e rei, o que significava ter poder para libertar os escravizados.

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