Marcelo Rebelo de Sousa preparava-se para subir à tribuna nas Nações Unidas, em Nova Iorque, para discursar na Cimeira do clima quando foi informado das notícias que voltavam a correr em Lisboa envolvendo a Presidência da República no esquema de encobrimento prévio à recuperação das armas de Tancos. “É bom que fique claro que o Presidente da República não é criminoso”, afirmou Marcelo e o estrondo da declaração não foi um deslize. Para o Presidente, apurou o Expresso, foi “montada” uma tentativa de desviar para Belém as atenções de uma acusação judicial que tenderá a beliscar o Governo e a incomodar o PS em plena campanha eleitoral. E a subida de tom das palavras presidenciais teve, para já, um objetivo: avisar que Marcelo não gostou da jogada, que considera ter desleixado o cuidado devido com a instituição cimeira do Estado. Ainda por cima apanhando-o no estrangeiro.
“Isto é uma maneira de fazer uma pré-acusação ao PR antes de haver uma acusação. Nas vésperas da acusação ser conhecida, tentar montar uma pré-acusação é um clássico, mas politicamente é uma grande estupidez política”, comentou ao Expresso fonte próxima do Chefe de Estado, que não escondeu em privado o quanto ficou furioso com a renovada tentativa de o envolverem neste caso.
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