As eleições desta terça-feira em Israel foram um ‘baralhar e volta a dar’ relativamente às de abril. Mas, desta vez, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu arrisca-se mesmo a não conseguir garantir a reeleição. Ciente do trabalho que tem de fazer em casa, o chefe de Governo acaba de cancelar a viagem da próxima semana a Nova Iorque, onde ia encontrar-se com o Presidente dos EUA, Donald Trump, à margem da Assembleia Geral da ONU. Com 90% dos votos contados, o seu Likud, de direita, tinha 31 lugares assegurados num total de 120 que compõem o Knesset, o Parlamento israelita. A coligação centrista Kahol Lavan (Azul e Branco), liderada pelo ex-chefe do Exército Benny Gantz, seguia com uma ligeira vantagem de um assento parlamentar.
Após as eleições de 9 de abril, que resultaram em 35 deputados para cada uma das formações, face à incapacidade de Netanyahu de formar uma coligação, algo sem precedentes na história do país, o Knesset votou, no final de maio, a sua própria dissolução. Também esta votação parlamentar, que inviabilizou a nomeação de Gantz como primeiro-ministro designado e abriu caminho a um segundo ato eleitoral em cinco meses, constituiu uma estreia. Estas eleições foram, por isso, encaradas como um referendo a Netanyahu e tudo indica que não sairá vencedor da consulta.
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