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Portugal é o segundo país da UE onde salário mínimo e médio estão mais próximos

Portugal é o segundo país da UE onde salário mínimo e médio estão mais próximos
José Caria

A subir bem acima das restantes remunerações – apesar de continuar no grupo dos mais baixos da Europa – o salário mínimo já representa mais de 60% do salário mediano. Na União Europeia, só França tem um rácio mais elevado e Portugal pode chegar ao primeiro lugar

A trajetória é conhecida: em cinco anos, entre 2014 e 2019, o salário mínimo em Portugal passou de 485 euros mensais para 600 euros. Um aumento de 23,7% em termos nominais e de 19,2% em termos reais – isto é, considerando o impacto da inflação, para medir a evolução do poder de compra associado à remuneração mínima garantida – que foi muito superior à da generalidade dos salários. Dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na última semana, com base nas remunerações declaradas pelas empresas à Segurança Social, mostram este diferencial: entre o primeiro de semestre de 2014 e o mesmo período de 2019, a remuneração regular média mensal em Portugal aumentou apenas 9,9% em termos nominais e 5,8% em termos reais.

Como resultado, a diferença entre o salário mínimo e os vencimentos intermédios na economia portuguesa estão a desaparecer. Em 2017, segundo os dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), o salário mínimo representava já 61% do salário mediano (tendo em conta a remuneração-base e valores brutos). É o chamado Índice de Kaitz – a que os economistas do Trabalho dão muita atenção –, com Portugal na segunda posição entre os países da União Europeia (UE), logo atrás da França. Além disso, analisando o período entre 2000 e 2017, Portugal foi o terceiro país do bloco onde este rácio mais subiu, com um aumento de 15 pontos percentuais.

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