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Caxemira. “Quando a História muda da noite para o dia, os interessados não devem ficar às escuras”

Protestos na cidade indiana de Calcutá contra a decisão do Governo de revogação da autonomia constitucional da região de Caxemira, há mais de 70 anos disputada entre a Índia e o Paquistão
Protestos na cidade indiana de Calcutá contra a decisão do Governo de revogação da autonomia constitucional da região de Caxemira, há mais de 70 anos disputada entre a Índia e o Paquistão
Rupak De Chowdhurij / Reuters

O apagão das comunicações em Caxemira dura há dois dias, o mesmo número de dias que tem a decisão do Governo indiano de revogar a autonomia constitucional da região disputada com o Paquistão. Alguns líderes foram detidos antes do anúncio numa tentativa de conter os tumultos, mas “poderemos assistir a uma erupção quando baixar a guarda”, estima um dirigente partidário local. As autoridades paquistanesas e o Exército dizem-se preparados para agir. E poderá Trump ter precipitado a decisão de Nova Deli?

O Exército paquistanês assegurou esta terça-feira que permanecerá “ao lado dos caxemirenses na sua luta justa até ao fim”. No segundo dia de apagão das telecomunicações em Caxemira, o general Qamar Javed Bajwa afirmou que as suas tropas estão “preparadas” e tudo farão para cumprir “as suas obrigações”. Na véspera, o Governo indiano anunciara a revogação da autonomia constitucional daquela região há muito disputada entre a Índia e o Paquistão.

O decreto, que esta terça-feira passou na Lok Sabha, a câmara baixa do Parlamento da Índia, substitui os artigos relativos ao estado de Jammu e Caxemira, em particular o artigo 370. Era este artigo da Constituição indiana que conferia um estatuto especial àquele estado e previa que Nova Deli só legislasse em matérias de defesa, relações exteriores e comunicações, ficando as restantes competências para a Assembleia Legislativa local. Uma linha de controlo separa o estado dos territórios de Caxemira administrados pelo Paquistão.

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