Subsídios recebidos a dobrar. Moradas falsas para angariar mais ajudas de custo. Colegas de bancada a assinar presenças no Parlamento – ou até a dar uma ‘ajuda’ aos faltosos e a votar diplomas por eles. Um sistema de fiscalização das declarações de rendimentos que não consegue dar conta dos milhares de papéis que chegam ao Tribunal Constitucional. Lobistas que exercem a sua influência junto dos deputados sem precisarem de se registar ou declarar os seus interesses.
A legislatura foi marcada pelo tema da ética – e pelos atropelos éticos que se foram conhecendo, muitos deles vindos do interior da Assembleia da República (AR), e que foram acrescentando à comissão temporária criada para resolver questões desse tipo (a comissão para o reforço da transparência) tarefas e mais tarefas. Pelo meio, Ferro Rodrigues ordenou mesmo a constituição de um grupo de trabalho específico para lidar com os casos que se sucediam e que manchavam a imagem do Parlamento – queria mostrar que estava a “arrumar a casa”, um ano depois de, na sequência de o Expresso ter noticiado que quase todos os deputados das ilhas recebiam duas ajudas com dinheiros públicos para viajar até casa, ter criticado os “ataques de carácter” feitos aos parlamentares.
Para continuar a ler o artigo, clique AQUI
(acesso gratuito: basta usar o código que está na capa da revista E do Expresso. Pode usar a app do Expresso - iOS e Android - para descarregar as edições para leitura offline)
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt