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Berardo como resumo da comissão de inquérito: quis o dinheiro da CGD, Santos Ferreira falhou, Constâncio também

José Berardo foi um dos devedores da Caixa que mereceu reprovação pública por parte dos deputados. No relatório preliminar, a postura da associação que lidera, por não entregar documentos solicitados, é criticada
José Berardo foi um dos devedores da Caixa que mereceu reprovação pública por parte dos deputados. No relatório preliminar, a postura da associação que lidera, por não entregar documentos solicitados, é criticada
Tiago Miranda

Foi Berardo quem pediu dinheiro à Caixa, e não o contrário. Este é um facto que o projeto de relatório da comissão de inquérito considera provado. A versão final, após alterações dos partidos, é conhecida e votada na quarta-feira. Mas é na justiça que o caso CGD vai continuar

O financiamento concedido pela Caixa Geral de Depósitos a entidades do universo de José Berardo é um paradigma do que correu mal na gestão da instituição financeira, mas também na supervisão. São estes dois campos, com especial incidência em Carlos Santos Ferreira, enquanto ex-presidente, e Vítor Constâncio, como antigo governador, que merecem destaque nas conclusões retiradas pelo deputado centrista João Almeida no projeto de relatório da segunda comissão de inquérito à gestão do banco público. Mas Berardo é também exemplo pelas limitações com que se deparou o inquérito parlamentar se deparou.

“A concessão de um financiamento de valor tão elevado, garantido pelas participações que são financiadas, tornaram este caso num exemplo negativo de uma decisão que, sendo legal, não foi prudente”. Esta é uma das ideias deixadas no relatório preliminar de João Almeida, que ainda poderá ser alvo de propostas de alteração dos restantes partidos, e refere-se aos financiamentos concedidos pela CGD à Fundação José Berardo e à Metalgest, num valor global de até 400 milhões de euros. Tudo isto entre 2006 e 2007, com os créditos a servirem para a compra de ações cotadas, fundamentalmente o BCP, concluiu o relatório.

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