No braço de ferro entre a carne e o credo, ganhou a carne – pelo menos para já. De um lado, os evangélicos e o seu apoio incondicional ao Estado judaico. Do outro, os poderosos da agropecuária que todos os anos exportam o equivalente a 4,5 mil milhões de euros em carne halal (carne confecionada segundo os preceitos islâmicos) e temem um agravamento das relações com países árabes e muçulmanos. Por isso, no arranque da sua visita oficial de quatro dias a Israel, o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, não anunciou este domingo a abertura de uma embaixada em Jerusalém, como prometera na sua campanha, mas de uma delegação comercial na cidade santa.
A pouco mais de uma semana das eleições legislativas em Israel, que se realizam a 9 de abril, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, afirmou ter interpretado a decisão como “um primeiro passo” para a transferência da embaixada brasileira de Telavive para Jerusalém, à semelhança do que já fizeram os EUA e a Guatemala. Além de propalada durante a campanha, a intenção de mudar a localização foi reiterada em janeiro, quando Netanyahu se deslocou a Brasília para a tomada de posse de Bolsonaro.
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