“Não é pedra nem espessura. É juventude. Juventude ou claridade. É um azul puríssimo, propagado, isento de peso e crueldade.” A clarividência de Eugénio de Andrade que, sem os conhecer, os definiu. Numa manhã quente de inverno foram eles e elas — muitas e muitas elas — que nesta sexta-feira encheram as ruas do centro de Lisboa de cor e sons. De cartazes toscos e simples. De luz e crença de que ainda há tempo e de gritos de que é possível tirar o planeta da lixeira e criar-lhes um futuro.
Uma manifestação de fé na força dos jovens. Em Portugal, cerca de 30 cidades juntaram-se a Lisboa no protesto. Em todo o mundo terão sido quase 1800 locais em 112 países. Os jovens acordaram e pareciam satisfeitos com a possibilidade de combaterem o bom combate. Fossem dois ou dez mil, como sonhou a organização do evento, o que importa é que largaram as consolas, os telemóveis, levantaram-se do sofá e marcharam pelo sol, pela água e pelas árvores. Porque querem apresentá-los aos filhos que um dia querem ter.
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