1967, 26 de março. Foi um domingo ansioso pela "promessa" anunciada para a segunda-feira seguinte. A notícia do desassossego era a possibilidade de se dar a "maré do século". O mar ia descer, dizia-se, ao "nível zero" das cartas hidrográficas e pôr a descoberto sepulturas pré-históricas no Havre, vestígios de florestas da era terciária, destroços dos 12 navios do almirante Anne Hilarion de Costentin, conde de Tourville, de 50 anos, afundados em 1692 pelos ingleses e o "cemitério marítimo" do desembarque das tropas aliadas em 1944, ao largo da praia de Arromanches, na Normandia.
E confirmou-se parcialmente, embora em Portugal "tenha sido uma desilusão", aqui "não assumiu proporções dignas de nota", mas, por exemplo, no Mont Saint Michel, em França, milhares viram as águas recuar cerca de dez quilómetros. O fenómeno acontece de 18 em 18 anos, mais ou menos. A próxima maré está prevista para 2033. A última foi em 2015 e atraiu aos locais do costume milhares de curiosos (tal como em 1967).
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