ARQUIVO Diário

“A primeira obra foi a sensação incrível de ver pela primeira vez no espaço o que antes só tinha desenhado”

Álvaro Siza. Sessenta anos depois, o arquiteto recorda as sensações de pela primeira vez ver um projeto seu construído, graças à encomenda de um conterrâneo de Matosinhos
Álvaro Siza. Sessenta anos depois, o arquiteto recorda as sensações de pela primeira vez ver um projeto seu construído, graças à encomenda de um conterrâneo de Matosinhos
rui duarte silva

Álvaro Siza recorda a primeira encomenda, o primeiro projeto para a construção de um conjunto de quatro casas em Matosinhos, alvo de duras críticas na imprensa da época e feitas, como diz, com a ingenuidade própria de um principiante que ainda nem podia assinar projetos

“A primeira obra foi a sensação incrível de ver pela primeira vez no espaço o que antes só tinha desenhado”

Valdemar Cruz

Jornalista

Em meados dos anos de 1950 o jovem Álvaro estava nos seus vinte anos, não concluíra ainda a componente superior do Curso de Arquitetura e recebe uma encomenda inesperada: fazer o projeto de quatro casas, uma delas com frente para a Avenida D. Afonso Henriques, em Matosinhos, onde então se faziam as festas do Senhor de Matosinhos.

Nem tudo correu bem, mesmo se hoje olha com grande carinho para aquela obra. No dia da festa, estava a casa ocupada há poucos meses, um grupo de mulheres das fábricas de conservas para junto da casa e dedica-lhe uma canção onde se diz serem aquelas as casas mais feias da terra.

No jornal “Comércio do Porto”, um jornalista alerta para o escândalo da construção daqueles “casinhotos” junto à igreja matriz. Mais tarde dirigiu-se a Álvaro Siza para lhe pedir desculpa.

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