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Teatro e dança

Teatro: “Schweik na Segunda Guerra Mundial”, a peça que Brecht não acabou, está em Almada

Ivo Alexandre, no papel de Schweik, e Teresa Gafeira, no de senhora Kopecka
Ivo Alexandre, no papel de Schweik, e Teresa Gafeira, no de senhora Kopecka
Rui Mateus

“Schweik na Segunda Guerra Mundial”, que a Companhia de Almada estreia por estes dias, numa encenação de Nuno Carinhas, é uma peça de Brecht que o dramaturgo nunca deu por terminada

Em 1943, ano em que Brecht escreveu “Schweik na Segunda Guerra Mundial”, que a Companhia de Almada estreia por estes dias numa encenação de Nuno Carinhas, era impossível saber, em toda a sua dimensão, até que ponto a obediência e o servilismo dos cidadãos haviam permitido a execução dos mais atrozes crimes cometidos contra a Humanidade. Foi no fim da II Guerra Mundial que se revelou a extensão do inominável, e foi também nos anos seguintes que, pela primeira vez, se sentaram em tribunal, os homens que, ao não desobedecerem, se tornaram criminosos — mostrando que a obediência criada para domesticar o animal que há em nós, e nos afastar da selvajaria, também permite a carnificina —, arrastando consigo os que se mostraram ambíguos.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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