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Óscares 2025: depois de filmar "A Semente do Figo Sagrado", Mohammad Rasoulof teve de fugir do Irão. Será o último a rir no domingo?

Soheila Golestanid (à esq.) é Najmeh, mãe de Rezvan (Mahsa Rostami, ao centro) e de Sana (Setareh Maleki, à dir.)
Soheila Golestanid (à esq.) é Najmeh, mãe de Rezvan (Mahsa Rostami, ao centro) e de Sana (Setareh Maleki, à dir.)

Nomeado para Melhor Filme Estrangeiro, “A Semente do Figo Sagrado” é um grande filme sobre a natureza insidiosa da tirania e o instinto de combatê-la. E envolveu uma fuga do realizador, condenado por um “tribunal revolucionário” a oito anos de prisão. “Era a prisão ou o exílio”, diz o cineasta


Artigo publicado originalmente a 29 de janeiro de 2025

À medida que o tempo passa desde a estreia de “A Semente do Figo Sagrado” em Cannes, mais difícil se torna escrever sobre este filme sem assinalar a figura de Mahsa Amini, a rapariga curdo-iraniana que a “polícia da moralidade” espancou em Teerão, em setembro de 2022, alegadamente por desrespeitar o uso obrigatório do hijab, o véu que a sharia, a lei islâmica, impõe às mulheres iranianas. Amini, que morreria no hospital três dias depois em consequência da agressão, tornou-se o símbolo de uma martirologia que este filme não professa. Contudo, é em interpostas personagens de jovens mulheres da geração de Amini que Mohammad Rasoulof deposita a sua rebeldia. A essa geração de mulheres dará o cineasta persa um ponto de vista oposto às regras do Estado e aos homens que o país endoutrina.

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