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Os Diários de Cannes: Finalmente o grande cinema! Com raves e coletes amarelos

Depois de “O Que Arde”, o espanhol Oliver Laxe parte a louça com “Sirat”
Depois de “O Que Arde”, o espanhol Oliver Laxe parte a louça com “Sirat”

Cannes desperta para o cinema de choque. Morte e o fim do mundo sob a câmara de OIiver Laxe em “Sirat”, mas também bom cinema de Dominik Moll em “Dossier 137” e Pedro Cabeleira a filmar a sua terra Natal como se estivesse a fazer o seu “O Padrinho” em “O Entrocamento"

Foi com estrondo que o espanhol Oliver Laxe chegou à competição. O seu “Sirat” é um desdobramento para terrenos de uma distopia que imagina o fim do mundo em contexto da cultura das raves no deserto de Marrocos. Filme radical de uma beleza apaziguadora. Por outro lado, Dominik Moll, cineasta alemão perfilhado pelos francês, apresentou “Dossier 137”, policial de investigação sobre um caso de repressão policial durante a crise dos Coletes Amarelos. A competição está ao rubro em Cannes.

Quer se queira quer não, o primeiro grande filme é essa viagem pelo deserto inóspito de Marrocos: “Sirat” - a história de um pai em busca da filha desaparecida nas famosas raves de música eletrónica. Para este senhor espanhol de meia-idade, é sobretudo uma viagem de iniciação a uma cultura de expansão do corpo e da mente através dos decibéis, mesmo que simultaneamente esteja a começar a Terceira Guerra Mundial.

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