
O apetite devorador de espaço de Pedro Cabrita Reis torna a Galeria Miguel Nabinho, em Lisboa, mais pequena. Aqui vemos as flores de um artista que convive mal com os limites
O apetite devorador de espaço de Pedro Cabrita Reis torna a Galeria Miguel Nabinho, em Lisboa, mais pequena. Aqui vemos as flores de um artista que convive mal com os limites
Crítico de arte
A galeria não parece, é mesmo pequena para o apetite devorador de espaço de Pedro Cabrita Reis (n. 1956), os formatos da pinturas, pois de pinturas se trata, falam disso mesmo, oscilando entre as pequenas (73 x 54 cm) e as grandes (180 x 180 ou 200 x 150). Umas contêm-se concentrando forças — as pequenas —, enquanto as maiores explodem numa invasão exuberante do espaço disponível; todas elas são flores indecifráveis, ou impossíveis no dizer de um artista que convive mal com os limites, com quaisquer limites. Isso torna particularmente significativa a explícita referência a Morandi (Bolonha, 1890-1964), um pintor da contenção e da medida, bem como da repetição lenta, lentamente transformadora.
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