
Pinturas que, ao ocultar, são gato escondido com o rabo de fora: “Polimorfo”, de Heron P. Nogueira, na Galeria 111, em Lisboa
Pinturas que, ao ocultar, são gato escondido com o rabo de fora: “Polimorfo”, de Heron P. Nogueira, na Galeria 111, em Lisboa
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Ao visitar esta exposição e ao reconhecer a marca do pintor e a continuidade do seu trabalho na polimorfia das imagens, das ocultações e das não imagens, não pude deixar de recordar a “Marcha dos Fantasmas”, seres polimorfos também, que vi com gosto há pouco menos de um ano no Módulo, do Mário Teixeira da Silva, na última exposição que ele organizou antes de morrer, depois de dezenas de anos de presença, em centenas de exposições e muitas dezenas de artistas jovens e menos jovens revelados. Heron P. Nogueira (Minas Gerais, Brasil, 1992) foi a última exposição do Mário, pelo que a presente mostra nos aparece como que numa continuidade possível do seu trabalho, agora na casa de um antigo colega, igualmente decisivo para a arte em Portugal, e que também já não está entre nós: Manuel de Brito.
Figuras, não figuras, feitiços, brincadeiras, estas pinturas tanto mostram como ocultam e, ao ocultar, podem funcionar como o conhecido gato escondido com o rabo de fora.
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