Cultura

Sé de Viseu vai restaurar retábulos, azulejos e esculturas com investimento de 700 mil euros

Adro da Sé, em Viseu
Adro da Sé, em Viseu
CM Viseu

Património da Sé de Viseu recebe intervenção especializada financiada pelo PRR

Património da Sé de Viseu, como retábulos, painéis de azulejo e esculturas, será restaurado com um investimento de 700 mil euros, disse hoje à agência Lusa a coordenadora do Departamento de Bens Culturais da Diocese de Viseu.

"É uma obra muito importante e muito complexa, porque estamos a falar de um trabalho muito especializado. Em causa está o restauro de bens degradados como retábulos, painéis de azulejo, uma série de esculturas e os bancos dos claustros", adiantou Fátima Eusébio.

O concurso, publicado hoje em Diário da República, tem como dono da obra o Património Cultural, IP, com um preço base sem IVA superior a 733 mil euros e é financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

À agência Lusa, esta responsável acrescentou que esta restauração integrava um plano de requalificações que a Sé de Viseu tem vindo a receber, com o intuito de "a conservar e apresentar ao público com qualidade".

"A Sé de Viseu está aberta sete dias por semana, com horário regular. Não podemos ter o nosso património aberto ao público se não estiver qualificado, se não tiver qualidade. Este património deve ser cuidado", defendeu.

Esta obra faz parte de "um ciclo muito importante de obras" que a Sé de Viseu tem recebido, desde a cobertura e o telhado, à abóbada central e à sacristia".

Fátima Eusébio indicou ainda que a Sé de Viseu "não recebe só quem vai por culto, recebe muitas pessoas que a visitam por razões culturais, patrimoniais, históricas e artísticas".

Para a coordenadora do Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu, trata-se de uma "obra que requer muita especialização e nem sempre há este tipo de empresa qualificada para o fazer" e esta é "também uma das razões" para os concursos ficarem desertos.

"Falta este tipo de mão-de-obra, porque deveria haver empresas que fizessem uma monitorização regular ao imenso património que temos no país para evitar que chegasse a fases tão degradadas", defendeu.

Já que, com essa monitorização, considerou, "a degradação, ou danos, do património seria identificada numa fase mais precoce o que levaria a uma intervenção, talvez, menos complexa".

Segundo o Diário da República, o prazo de execução do contrato é de 210 dias.

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