O novo Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Calouste Gulbenkian, que inaugura formalmente no próximo dia 20, custou 58 milhões de euros, foi todo construído com fundos próprios e sem recurso a qualquer apoio ou subsídio do Estado. Concluída a obra, falta agora cumprir o desafio da relevância, um repto que não foi esquecido durante a apresentação do edifício aos jornalistas esta quarta-feira.
A construção do novo CAM começou em 2021 e o custo final do projeto foi de 58 milhões de euros, segundo explicou ao Expresso António Feijó, presidente do conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian. A projeção inicial tinha sido de 22,3 milhões e, apesar da dimensão do esforço financeiro, o responsável garante que a fundação não fica descapitalizada, nem a construção do novo CAM vai afetar a natureza do património da instituição.
António Feijó esclarece que o custo da obra foi subindo ao longo dos três anos da construção devido ao surgimento de algumas alíneas não previstas inicialmente. E detalha: um encarecimento se deveu ao reforço anti-sísmico (7,5 milhões de euros), a que se somaram obras adicionais decorrentes desta opção de 6,8 milhões, mais 20% do total do valor previsto para os materiais devido à guerra na Ucrânia e à pandemia (cerca de cinco milhões), a descontaminação de terrenos devido à presença de nafta levou a uma paragem de nove meses e meio e aumentou custo total em 2,5 milhões de euros. A elaboração dos jardins custou 3,3 milhões, sem contar com a aquisição dos terrenos, e meio milhão de euros foram para o projeto de Kengo Kuma, com um total de 4,2 milhões para a totalidade de projetos arquitetónicos e a fiscalização da obra.
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