Sensível à instabilidade política que atravessa o mundo, o Festival de Berlim viu-se envolvido no início deste mês em nova controvérsia com origem no Médio Oriente graças a "My Favorite Cake", representante iraniano no concurso pelo Urso de Ouro deste ano. Os realizadores do filme, Maryam Moghaddam e Behtash Sanaeeha (estiveram a concurso na capital alemã em 2021 com "O Perdão"), foram impedidos de deixar o seu país em mais uma história de passaportes confiscados e de ataques à liberdade de expressão. Berlim está habituada a testemunhar isso, especialmente no que toca ao cinema iraniano, após tantos episódios que prejudicaram, entre outros, Jafar Panahi e Mohammad Rasoulof, dois artistas vencedores do prémio maior do festival na última década.
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